OAB SP aprova política para promoção da igualdade racial na entidade e a criação de seu Conselho da Jovem Advocacia
A Ordem dos Advogados do Brasil seção São Paulo (OAB SP)
aprovou, na última sexta-feira (11/2), uma política de cotas para promover a
igualdade racial na entidade e a criação do Conselho da Jovem Advocacia. As
propostas foram apreciadas em reunião ordinária de seus conselheiros secionais, que
contou com a presença do presidente da OAB Nacional, Beto Simonetti.
“É com muita emoção que abro esta sessão histórica
porque, pela primeira vez, temos neste conselho 30% da advocacia negra
representada; pela primeira vez, temos 50% de mulheres representadas; pela
primeira vez, temos uma advogada trans representada; e, pela primeira vez, ela
é presidida por uma mulher”, disse a presidente da OAB SP, Patricia
Vanzolini, ao iniciar os trabalhos.
Sugerida pela Comissão Permanente de Igualdade Racial, a
política de cotas raciais estabelece que, no mínimo, 30% das advogadas e advogados
indicados ao Quinto Constitucional serão negros ou pardos. A mesma regra será
aplicada às Escolas Superiores de Advocacia e ao seu corpo docente,
procuradoria, ouvidorias, bem como na composição de painéis e eventos. Também
será adotado o compromisso de manter representantes negros em todas as
comissões permanentes da OAB SP. Na reunião, o presidente da comissão, Irapuã
Santana, ainda leu uma carta de compromisso da entidade com a advocacia negra
paulista.
O presidente da Comissão da Jovem Advocacia, Guilherme
Hansen Cirilo, apresentou o voto com a proposta do novo conselho, que visa
garantir a participação efetiva de recém-aprovados no Exame de Ordem dentro da
estrutura da entidade.
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