Vendas de vinil ultrapassam as de CD pela primeira vez desde 1987
Em 2022, foram
comercializados mais de 41 milhões de discos de vinil
Relatório da Associação Americana da Indústria de Gravação
revelou que, somente no ano passado, foram vendidos mais de 41 milhões de
discos de vinil contra 33 milhões de CDs, o que representa um lucro de mais de
R$ 6 milhões. Pela primeira vez, desde 1987, as vendas de discos em vinil
ultrapassaram as de CD.
Para os fãs, o aumento na comercialização reflete a
experiência sonora e estética do produto.
“Você pega um álbum, você consome a letra, você consome a
foto, o encarte, o design gráfico. Você não está ouvindo só uma música, você
está consumindo um produto mais completo”, afirma o jornalista João Marcondes
que é um apaixonado por vinil e abriu uma loja especializada em Brasília.
Ele garante que, nos últimos anos, o produto virou uma
febre. “Cada vez mais pessoas jovens compram vinil porque, antigamente, era só
um hobby de quarentões para cima, um público mais masculino. E, nos
últimos 4 anos, isso mudou bastante. Mulheres têm comprado muitos discos e
jovens, a partir de 16, 17 anos [também]”.
Para João Marcondes, a experiência com o vinil é também uma
alternativa para sair do mundo digital. "Você para tudo para ouvir um
vinil. Você se desliga do celular, se desconecta".
A funcionária pública Erica Silva concorda e afirma que,
apesar de hoje em dia contar com as facilidades do streaming e de
aplicativos como o Spotify, o som do vinil traz nostalgia e mais qualidade.
“A qualidade da música também é incrível. Hoje em dia não
existe nada que se compare ao vinil, às nuances da agulha no disco”, avalia
Erica, outra apaixonada pelos “bolachões”.
Fonte: AgênciaBrasil / Edição: Lílian Beraldo

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