Governo Federal reajusta piso salarial dos professores para R$ 4.867,77 em 2025
Aumento de 6,27% supera inflação e reforça política de
valorização da educação básica
O Ministério da Educação (MEC) oficializou, nesta
sexta-feira, 31 de janeiro, o reajuste do piso salarial dos professores da
educação básica da rede pública para 2025. A nova remuneração mínima para
profissionais com jornada de até 40 horas semanais foi fixada em R$ 4.867,77,
um acréscimo de 6,27% em relação ao valor vigente em 2024, que era de R$
4.580,57.
A medida foi anunciada pelo ministro da Educação, Camilo
Santana, na última quinta-feira, 30 de janeiro, por meio de suas redes sociais.
“Assinei a Portaria MEC nº 77, de 29 de janeiro de 2025, que define o novo Piso
Salarial Profissional Nacional do magistério público da educação básica”,
publicou o ministro. “Com aumento de 6,27%, o valor mínimo que professores da
rede pública devem ganhar no Brasil passa a ser de R$ 4.867,77.”
A atualização do piso salarial é obrigatória e ocorre
anualmente, conforme determina a Lei nº 11.738/2008, que regulamenta a
remuneração mínima dos professores da educação básica. Os novos valores foram
publicados no Diário Oficial da União (DOU), consolidando a vigência da
portaria.
Apesar da publicação federal, cada estado e município deve
oficializar o novo piso por meio de normas próprias, visto que a
responsabilidade pelo pagamento dos salários dos docentes cabe às redes de
ensino locais. Os recursos para essa remuneração são provenientes do Fundo de
Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos
Profissionais da Educação (Fundeb), com complementação da União para
localidades que não atingem o valor mínimo nacional.
Desafios para estados e municípios
Embora a atualização anual do piso seja uma garantia legal
para os professores, o cumprimento da norma representa um desafio fiscal para
estados e prefeituras. O aumento dos salários pressiona os orçamentos locais,
especialmente em municípios com baixa arrecadação e dependência da
complementação da União.
Historicamente, o reajuste do piso tem sido motivo de
impasse entre governadores e prefeitos, que argumentam que os repasses do
Fundeb não cobrem integralmente os custos da folha de pagamento dos docentes.
Alguns gestores alegam dificuldades para implementar os novos valores e
solicitam medidas adicionais de compensação financeira por parte do governo
federal.
Com o novo valor estabelecido, os professores da educação
básica da rede pública agora aguardam a implementação do reajuste por estados e
municípios. Em algumas regiões, sindicatos da categoria já se mobilizam para
garantir que o pagamento ocorra dentro dos prazos previstos.
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