Flordelis e nove acusados pela morte de pastor vão a júri popular
Recursos de ex-deputada foram negados pelos desembargadores
A Justiça do Rio de Janeiro confirmou na última terça-feira
(28/9) que a ex-deputada federal Flordelis dos Santos de Souza e outros nove
acusados de envolvimento na morte do pastor Anderson do Carmo serão submetidos
a júri popular. ![]()
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A vítima, então casada com Flordelis, foi morta
a tiros em casa, em junho de 2019, na cidade de Niterói, logo após estacionar o
carro na casa da família, minutos depois de chegar acompanhada da
ex-parlamentar.
A decisão é da 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça. Os
desembargadores negaram os recursos da ex-deputada federal e de outros seis
réus contra a decisão para submetê-los a júri popular. Os magistrados
acompanharam, por unanimidade, o voto do relator, desembargador Celso Ferreira
Filho.
Recurso
No recurso apresentado pela defesa de Flordelis, além da
reforma da sentença, também foi requerida a nulidade do processo “pela
ausência de certeza quanto à materialidade do crime de homicídio tentado”.
Mas o relator negou a nulidade, defendendo que a justiça tem indícios mínimos
de autoria e materialidade do homicídio pela ex-deputada.
A defesa da ex-parlamentar também alegou que a ré “jamais
planejou, orquestrou ou influenciou a morte da vítima”, tentando afastá-la
das acusações pelos delitos de associação armada e uso de documento
ideologicamente falso. Mas a relator disse em seu voto que "os
depoimentos colhidos, o sigilo levantado das comunicações e a perícia dos
telefones celulares, com a extração das mensagens trocadas entre a recorrente e
os corréus Flávio, Marzy, Simone, André e Rayane comprovam o vínculo criminoso
existente entre eles.”, destacou o relator em seu voto.
Além de Flordelis, também tiveram recursos negados seus
filhos biológicos Adriano, Flávio e Simone. O mesmo ocorreu com a neta Rayane e
os filhos adotivos Carlos Ubiraci e Marzy.
Também foram pronunciados pela 3ª Vara Criminal de Niterói e
vão à júri popular André Luiz de Oliveira, outro filho adotivo, o ex-PM Marcos
Siqueira Costa e sua esposa, Andrea Santos Maia.
Júri Popular
Para um julgamento com júri popular, o juiz convoca 21
pessoas entre as que se voluntariaram e sete pessoas dessa lista são sorteadas
para a formação do júri. Conforme os nomes são divulgados, tanto a defesa
quanto a acusação têm o direito de aceitar ou recusar o nome. O promotor e o
advogado podem recusar até três jurados cada um.
Enquanto estiver participando do julgamento, o júri deve
dormir e comer no próprio Fórum, sem acesso a informações externas. Ou seja,
sem acessar internet ou ler jornais e revistas, só podendo fazer uso do
telefone em casos de urgência, ainda assim acompanhado por um oficial de
justiça.
Fonte: Agência Brasil

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