Bolsonaro veta isenção de tributos sobre importação de material fotográfico
O projeto que propõe a isenção de imposto de equipamentos
importados para uso exclusivo no exercício da profissão de fotógrafo e
cinegrafista foi integralmente vetado pelo presidente Jair Bolsonaro. A decisão
foi publicada na edição desta quinta-feira (5) do Diário Oficial da União.
Após ouvir os ministérios da Economia e de Relações
Exteriores, o chefe do Executivo se manifestou contra o Projeto de Lei da Câmara (PLC) 141/2015, batizado de Lei
Orlando Brito, alegando contrariedade ao interesse público, pois haveria a
criação de benefício fiscal de caráter não geral, sem apresentação de
estimativa do impacto e de medidas compensatórias necessárias.
Além disso, o governo apontou violação de regras relativas
ao Mercosul, passível de contestação por outros estados do bloco, "pois
haveria isenção de imposto de importação de produto abrangido pela Nomeclatura
Comum do Mercosul (NCM) sem estar grafado como Bens de Informática e
Telecomunicações (BIT) e Bens de Capital (BK)".
Ajuda aos profissionais
Aprovado no Senado em março, O PLC 141/2015 é do
deputado licenciado Rodrigo Maia (sem partido-RJ) e foi relatado pelo senador
Esperidião Amin (PP-SC).
Conforme estabelece o texto, a isenção alcançaria o Imposto
de Importação, o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e também as
contribuições PIS/Pasep e Cofins. As isenções somente seriam concedidas aos
equipamentos e materiais sem similar nacional e pelo prazo de cinco anos, a
partir da publicação da lei.
A aquisição de equipamentos, em conjunto ou isoladamente,
abrangida pela isenção, obedecereria o limite máximo de R$ 50 mil,
Em seu relatório, Amin disse que a evolução tecnológica na
área de registro de imagens trouxe novas necessidades para os profissionais
brasileiros, prejudicados pelo alto custo dos equipamentos importados e pela
tributação aplicada sobre eles. De acordo com o relator, essa situação poderá
gerar defasagem tecnológica, causando grande prejuízo às atividades
profissionais relacionadas com a proposta.
O relator sugeriu uma homenagem ao fotojornalista Orlando
Brito (1950-2022), dando seu nome à nova lei, pela “contribuição que fez
acompanhando a história política brasileira”.
Fonte: Agência Senado

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