Ministério da Saúde investiga dois casos suspeitos de varíola dos macacos no Brasil
O Ministério da Saúde, recebeu a notificação de dois casos suspeitos
de varíola dos macacos no Brasil. Os casos foram registrados em Santa Catarina e
no Ceará. A informação foi confirmada pela Secretaria de Vigilância Sanitária
(SVS).
Segundo o ministério, os pacientes estão isolados e em
recuperação. “A investigação dos casos está em andamento e será feita coleta
para análise laboratorial”, resume, em nota.
Na América do Sul, a Argentina apresenta dois casos
confirmados. Já Equador, Peru, Bolívia investigam um indivíduo e a Guiana
Francesa está com dois casos suspeitos, de acordo com monitoramento em tempo
real da iniciativa global.health.
Trasmissão e Prevenção
No geral, a varíola dos macacos pode ser transmitida pelo
contato com gotículas exaladas por alguém infectado (humano ou animal) ou pelo
contato com as lesões na pele causadas pela doença ou por materiais
contaminados, como roupas e lençóis, informa o Butantan. Uma medida para evitar
a exposição ao vírus é a higienização das mãos com água e sabão ou álcool gel.
O Butantan ressalta que residentes e viajantes de países
endêmicos devem evitar o contato com animais doentes (vivos ou mortos) que
possam abrigar o vírus da varíola dos macacos (roedores, marsupiais e
primatas). Devem também “abster-se de comer ou manusear caça selvagem”.
O período de incubação da varíola dos macacos costuma ser de
seis a 13 dias, mas pode variar de cinco a 21 dias, conforme relato do
Butantan. Por isso pessoas infectadas precisam ficar isoladas e em observação
por 21 dias.
Vacinas
André Bon explica que as vacinas contra varíola comum
protegem também contra a varíola dos macacos. Ele, no entanto, destaca que não
há vacinas disponíveis no mercado neste momento.
“Há apenas cepas guardadas para se for necessário voltarem a
ser reproduzidas. Vale lembrar que a forma como a vacina da varíola era feita
antigamente não é mais utilizada no mundo. Era uma metodologia um pouco mais
antiga e atrasada. Hoje temos formas mais tecnológicas e seguras de se fazer a
vacina, caso venha a ser necessário”, disse o médico infectologista.
Bon descarta a imediata necessidade de vacina no atual
momento, uma vez que não há número de casos que justifiquem pressa. “O
importante agora é fazer a observação de casos suspeitos”, disse.
O Butantan confirma que a vacinação contra a varíola comum
tem se mostrado bastante eficiente contra a varíola dos macacos. “Embora uma
vacina (MVA-BN) e um tratamento específico (tecovirimat) tenham sido aprovados
para a varíola, em 2019 e 2022, respectivamente, essas contramedidas ainda não
estão amplamente disponíveis”.
“Populações em todo o mundo com idade inferior a 40 ou 50
anos não tomam mais a vacina, cuja proteção era oferecida por programas
anteriores de vacinação contra a varíola, porque estas campanhas foram
descontinuadas”, informou o instituto.
Colaborou: AgênciaBrasil

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