O que é a bronquiolite, doença que assusta pais e lota UTIs infantis no inverno
Bronquiolite é uma
infecção dos bronquíolos. Ela ocorre mais frequentemente em crianças menores de
2 anos. (O termo bronquiolite é confundido com bronquite, que é uma inflamação
das vias aéreas superiores e se dá em crianças maiores).
A bronquiolite é
causada por um vírus, mais comumente o vírus sincicial respiratório (RSV). No
entanto, vários outros vírus podem causar essa condição, incluindo
parainfluenza, influenza e adenovírus. A infecção provoca inflamação e inchaço
dos bronquíolos, que, por sua vez, provoca obstrução do fluxo de ar para dentro
e para fora dos pulmões.
A maioria dos
adultos e crianças mais velhas que estão resfriados podem ser portadores desses
vírus. Em crianças menores de 2 anos de idade, no entanto, a infecção é mais
susceptível de conduzir à bronquiolite.
Na maior parte, o RSV ocorre a partir de março até junho e outubro ou novembro.
Durante os outros meses, a bronquiolite geralmente é causada por outros vírus.
O VSR é altamente
contagioso e pode permanecer ativo em superfícies por várias horas. É
transmitido pelo contato com uma pessoa infectada e pode se espalhar facilmente
através das famílias, creches e hospitais. Higienizar bem as mãos com lavagem
cuidadosa, com álcool gel ou sabonete, é a melhor forma de prevenir a
propagação da infecção.
Sinais e
sintomas
Quase todas as
crianças têm uma infecção por RSV até os 3 anos de idade. A maioria delas
desenvolve apenas uma infecção das vias respiratória superiores (resfriado) com
um nariz escorrendo, tosse leve, febre. Um pequeno número de crianças
desenvolverá bronquiolite.
Depois de um dia ou
dois, a tosse se torna mais pronunciada, e a criança começa a respirar mais rapidamente
e com mais dificuldade.
Se seu bebê mostra
qualquer um dos seguintes sinais de dificuldade respiratória, ou se a febre
durar mais de três dias, leve-o ao pediatra imediatamente.
Tratamento em
casa
Não existem
medicamentos para tratar infecções por RSV em casa. Tudo o que você pode fazer
durante a fase inicial da doença é aliviar os sintomas do quadro viral de seu
filho. Você pode aliviar um pouco a congestão nasal com umidificador e gotas
nasais salinas – com ou sem aspiração nasal.
Além disso, para
evitar a desidratação, certifique-se de que seu bebê tome muito líquido durante
esse período. Ele pode preferir água ou suco em vez de leite. Por causa de sua
dificuldade para respirar, também pode se alimentar de forma mais lenta ou comer
quantidades menores com mais frequência. E pode apresentar certa aversão aos
alimentos sólidos.
Tratamento
médico
Se o seu bebê está
com dificuldade de respirar leve ou moderada, o pediatra pode usar uma
medicação broncodilatadora (aquela que abre os brônquios), muitas vezes dada
através de um nebulizador (inalação), antes de considerar a hospitalização.
Essas drogas parecem ajudar um pequeno número de pacientes.
Bronquiolite é um
dos motivos mais comuns pelos quais as crianças são hospitalizadas, seja porque
sua respiração fica muito difícil, porque não conseguem comer normalmente, ou
porque precisem ser tratadas com oxigênio e medicações broncodilatadoras. Muito
raramente, uma criança não responde a esses tratamentos e pode ter de ser
colocada em uma máquina de respiração (respirador), para ajudar seus pulmões.
Esse tratamento geralmente é apenas uma medida temporária, até que seu corpo
seja capaz de superar a infecção.
Prevenção
A melhor maneira de
proteger seu bebê da bronquiolite é mantê-lo longe do vírus que a causa. Quando
possível, especialmente quando ele é um bebê, evite contato próximo com
crianças ou adultos que estejam no início do ciclo de infecções respiratórias
(quando a doença é mais contagiosa). Se ele estiver em uma creche onde outras
crianças possam ter o vírus, certifique-se de que os responsáveis por ele
mantenham as mãos bem lavadas – e também as mãos das crianças infectadas.
Existem
medicamentos que o pediatra pode prescrever para reduzir o risco de desenvolver
infecção por VSR. Esses medicamentos são utilizados apenas para o pequeno
número de bebês que se encontram nos grupos de maior risco de internação. A AAP
tem desenvolvido critérios específicos para o uso dessas medicações. Pergunte
ao seu pediatra sobre detalhes específicos.
Fonte: Sabará Hospital
Infantil

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