Quatro cirurgiões da Santa Casa de Itapeva pedem demissão, Vereadora Áurea Rosa denuncia crise na saúde
Em uma sessão marcada por inquietações e cobranças acirradas, a Câmara Municipal de Itapeva veio a público na última quinta-feira, dia 3, para discutir a profunda crise enfrentada pela Santa Casa de Misericórdia, com a possibilidade de quatro cirurgiões renunciarem aos seus postos. A revelação, feita pela vereadora Áurea Rosa, adicionou mais um capítulo na saga do embate político que tem se desenrolado em torno da saúde pública local. A vereadora destacou as palavras do diretor técnico médico da Santa Casa, Dr. Leonardo Cesar Tassinari, também criticando a postura do prefeito Mário Tassinari em relação ao delicado estado da instituição de saúde.
Seguindo a revelação, um requerimento do vereador Professor Andrei Muzel foi aprovado, solicitando à Santa Casa informações sobre o planejamento e cronograma para a realização das cirurgias eletivas, além de esclarecimentos sobre a demora no início dos procedimentos. A lista geral das mais de 900 pessoas à espera de cirurgias eletivas também foi demandada.
Neste contexto, a vereadora Débora Marcondes elevou o tom do debate ao ressaltar a alarmante precariedade da saúde na cidade. Em seu discurso, a vereadora relatou que a fila de espera por cirurgias – entre elas, para a remoção de pedra na vesícula e tratamento de hérnia – cresce dia a dia. O que é mais preocupante, de acordo com Marcondes, é o fato da Secretaria da Saúde ter gasto 4 milhões em um software, mesmo com uma opção gratuita à disposição, fornecida pelo governo federal. A situação evidencia a necessidade de fiscalização efetiva sobre o uso dos recursos e de priorizar as necessidades reais da população.
A vereadora Débora Marcondes também tocou no delicado assunto da ameaça de fechamento da Santa Casa, uma instituição vital para a população, devido à escassez de recursos. Ela pontuou a necessidade urgente de medidas para garantir a sobrevivência dessa entidade tão crucial para a saúde da cidade.
Por outro lado, o vereador Marinho Nishiyama pontuou que as duas maiores indicações de cargo na Santa Casa para Diretor Técnico Médico e Superintendente são indicações do prefeito Mário Tassinari. O vereador Marinho esclareceu que a organização das cirurgias eletivas é de competência do Superintendente Carlos Alberto Paneagua Ferreira e do Diretor Técnico Médico Dr. Leonardo Cesar Tassinari.
A discussão em torno do requerimento evidenciou a crítica dos vereadores à postura do Poder Executivo, especialmente quanto ao repasse de verbas à Santa Casa, que tem se visto forçada a promover eventos beneficentes para arrecadar fundos.
A sessão encerrou sem um desfecho conclusivo, com os vereadores apelando ao prefeito Mário Tassinari e aos responsáveis pela Santa Casa para que tomem ações urgentes na resolução do impasse. A situação atual, reforçada pelas palavras da vereadora Áurea Rosa, é de uma crescente crise que parece não ter fim à vista, colocando em risco a saúde e a vida dos cidadãos de Itapeva.
Esse momento delicado na saúde pública de Itapeva revela a importância da governança transparente e eficaz, da gestão responsável dos recursos públicos e da necessidade de priorizar a saúde dos cidadãos acima de qualquer divergência política. Espera-se que o prefeito Mário Tassinari, a Santa Casa e todos os envolvidos possam trabalhar juntos para encontrar uma solução e garantir que os cidadãos de Itapeva recebam o cuidado de saúde de que tanto necessitam.
A Câmara Municipal de Itapeva continuará a desempenhar o seu papel crucial de fiscalização e cobrança, garantindo que essas questões sejam tratadas com a seriedade que merecem. No entanto, apenas o tempo dirá se as autoridades locais estão à altura desse desafio.
Neste cenário, a falta de transparência na gestão dos recursos públicos emerge como uma das principais questões em debate. A discrepância entre o elevado valor investido em um software, enquanto existem opções gratuitas, e a carência de recursos na Santa Casa, representa a essência do problema que Itapeva enfrenta. Em um momento em que a saúde pública se encontra em crise, a gestão responsável dos fundos torna-se ainda mais crucial.
O papel dos gestores de saúde é de vital importância. O Superintendente da Santa Casa, Carlos Alberto Paneagua Ferreira, e o Diretor Técnico Médico, Dr. Leonardo Cesar Tassinari, carregam uma grande responsabilidade. Segundo o vereador Marinho, são eles os responsáveis pela organização das cirurgias eletivas, um serviço essencial para a população de Itapeva.
Também se levanta a questão do papel do prefeito Mário Tassinari neste cenário. Suas indicações para os cargos de direção na Santa Casa foram questionadas, e sua falta de compromisso em solucionar a crise foi criticada pelos vereadores. Como figura máxima do poder executivo municipal, Tassinari tem a responsabilidade de guiar a cidade em meio a essa crise.
Há um claro sentimento de frustração entre os vereadores e o povo de Itapeva com a gestão da Santa Casa e o manejo da saúde pública pelo prefeito. Essa frustração foi palpável na última sessão da Câmara, onde o requerimento aprovado representou uma clara chamada para a ação e uma demonstração de descontentamento com a situação atual.
Por fim, não se pode deixar de mencionar a ameaça iminente do possível fechamento da Santa Casa. Instituição que há anos presta serviços essenciais à população de Itapeva, a Santa Casa de Misericórdia agora se encontra em uma situação crítica. A possibilidade de quatro cirurgiões renunciarem aos seus postos, conforme mencionado pela vereadora Áurea Rosa, representa uma crise de proporções graves.
A situação da saúde pública em Itapeva é um retrato da crise sanitária e administrativa que vem se arrastando a meses na cidade. Requer não só uma gestão transparente e responsável dos recursos públicos, mas também uma liderança comprometida e capaz de tomar decisões difíceis em momentos de crise.
Enquanto isso, os moradores de Itapeva aguardam por soluções urgentes. A responsabilidade recai sobre os ombros do prefeito Mário Tassinari, da equipe de gestão da Santa Casa e dos vereadores. A população aguarda ansiosamente por ações concretas que revertam o quadro de crise na saúde pública e aliviem o fardo daqueles que esperam por cirurgias eletivas.
Com a pressão pública aumentando, resta aos cidadãos de
Itapeva esperar e confiar que seus representantes irão agir no melhor interesse
da saúde da população. A cobrança é mais do que necessária, é um direito de
todos. Que a crise atual sirva como uma lição para aprimorar a transparência, a
gestão responsável e a valorização da saúde pública em Itapeva,
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