Editorial

Prefeitura de Itapeva enfrenta crescente crise política e financeira em meio a alegações de má gestão e controvérsias

CRISE DA SANTA CASA

 

Após pedidos da vereadora Áurea, por meio da comissão de Saúde, ocorreu reunião conduzida pelo Promotor de Justiça com a diretoria da Santa Casa, prefeito Mário Tassinari, secretários e procuradores municipais. Apesar dos apelos o prefeito segue irredutível negando-se a fazer acordo em condições financeiras para atender as necessidades de funcionamento do hospital. Perante o impasse e postura intransigente dos representantes da prefeitura não restou alternativa senão impor um pedido de ação civil pública para que a Secretaria de Finanças e Secretaria Saúde prestem explicações sobre retenção de repasses, emendas parlamentares e contratos de cirurgias eletivas. 

 

RECOMENDAÇÕES

 

A recomendação foi colocar o calendário de pagamentos em dia conforme as necessidades da Santa Casa, sem alterações da Secretaria de Finanças e Secretaria de Saúde. O promotor também recomendou estipular termos de um acordo de conciliação entre as partes antes que seja tarde demais para o prefeito que está sendo considerado como o principal pivô dos desentendimentos, ao ponto de ser considerado o afastamento do cargo para haver uma solução pacífica para o conflito entre a Prefeitura e Santa Casa.  

 

A PÃO E ÁGUA

 

Segundo vereadores, o prefeito Mário Tassinari mesmo tendo indicado o novo superintendente e diretor clínico da Santa Casa, cargo ocupado pelo primo Dr Leonardo Tassinari, mesmo assim prefeito não está de acordo com o trabalho de ambos e vem alegando em reuniões que pretende demitir ambos por não cumprirem suas expectativas nos cargos que ocupam. As contratações ocorreram após a irmandade aceitar acordo de gestão compartilhada da administração do hospital em conjunto com o Poder Executivo, que até o momento não fez nenhuma implantação de recursos significativa na Santa Casa.

 

ULTIMATO

 

Diante do impasse financeiro, que se agrava devido a postura autoritária e intransigente do prefeito nas negociações com a Santa Casa, a Câmara Municipal acatou dois pedidos de cassação como ato de censura política e forma de impedir que o prefeito siga gerando impasses e negando que propostas de conciliação entre as partes prosperem para um acordo satisfatório de reestruturação financeira e administrativa da Santa Casa. O resultado político da teimosia do prefeito, caso não haja acordo, poderá levar a vice-prefeita Elza Galvão a assumir as rédeas da prefeitura de Itapeva, impondo um ponto final doloroso na carreira política da família Tassinari.

 

O FIM DO CÉU DE BRIGADEIRO

 

Conforme informações de vereadores a prefeitura também deverá passar por uma crise financeira sem precedentes assim que o Poder Judiciário julgar ganho de causa para Santa Casa em processo em que a instituição cobra milhões de contratos não reajustados pelo governo municipal nos últimos anos. Sem acordo entre as partes, apesar dos apelos de vereadores e promotoria, a prefeitura arcaria com um ônus milionário que pode inviabilizar diversos serviços públicos e causar problemas graves e prolongados para os próximos anos de governo da cidade. A tática de criar dificuldades e não aceitar acordos segundo a opinião pública é sinal de que o prefeito age por vingança contra o hospital, e não para o bem da população no setor de saúde.

 

CASA DE FERREIRO ESPETO DE PAU

 

A vereadora Áurea denunciou durante sessão da Câmara Municipal que os procuradores municipais, que possuem os salários mais altos de todo serviço público municipal, com média de 12 mil reais mensais, recebem supostamente honorários por serviços prestados para prestar assessoria jurídica sobre processos administrativos de dívidas ativas de impostos. Conforme explicação da vereadora, os honorários elevados seguem sistema de rateio proporcional, dobrando e até triplicando os vencimentos dos procuradores. De acordo com a vereadora, os procuradores têm direito de receberem honorários apenas sobre processos de execuções fiscais judicializadas, mas não sobre processos administrativos extra-judiciais. Com a palavra o Procurador Geral do Município que abandonou o mandato de vereador porque o subsídio da edilidade não atendia suas expectativas financeiras.

 

TELHADO DE VIDRO

 

O assunto causou polêmica e deixou o prefeito Mário Tassinari na linha de tiro, por ser contra altos salários pagos na Santa Casa, mas por negligenciar os altos salários do departamento jurídico que foi reestruturado no seu governo. O prefeito desconsidera reajustes de salários e plano de carreira dos demais quadros de funcionários do Poder Executivo de Itapeva sob alegação de estourar o limite prudencial. 

 

CHINELO MEIA SOLA

 

Diante do desgaste político e administrativo sem precedentes, o prefeito insiste em manter nos cargos assessores acusados de supostos esquemas de notas frias por aluguel de cadeiras para eventos e viagens particulares pagas com dinheiro público. Outro assessor figura em sindicâncias sobre caso de direcionamento ilegal de licitações e contratações que envolvem empresas prestadoras de serviços para prefeitura em festividades. Os assessores estão sob ordens diretas da secretaria comandada pelo irmão do prefeito, que segundo informações mesmo contrariado mantém os assessores no cargo por ordem expressa do prefeito, o que gera comentários que exonerá-los pode ser um ato de suicídio político irreversível por terem informações comprometedoras sobre os membros do gabinete.

 

SINDICÂNCIA DO PISCA-PISCA

 

Nesta semana, o diário oficial publicou a abertura de uma sindicância para apurar supostos desvios de finalidade e danos ao erário em contratos de iluminação de festas de Natal do ano passado. A denúncia foi realizada pelo vereador Marinho Nishiyama, que expôs os valores de 1 milhão e 300 mil reais de contratos de iluminação de Natal realizados pela Secretaria Municipal de Cultura, que segundo fontes dos bastidores políticos radiofônicos terá o secretário da pasta como candidato a prefeito apoiado por Mário Tassinari nas eleições próximo ano. A chapa com certeza vai ficar quente! 

 

 

CEI DO COCORICÓ

 

A comissão especial de inquérito para apurar os prints e áudios de assessor e empreiteiro em conversas suspeitas de direcionamento de licitação não começou ainda na Câmara Municipal, mas os envolvidos vão diariamente na prefeitura procurar o assessor para que ele garanta que tudo seja abafado. Segundo rumores, a comissão deverá convocar o ex-secretário de Administrações Regionais como testemunha. O testemunho do ex-secretário pode colocar em xeque outros ocupantes de cargos e empresas contratadas na época dos acontecimentos denunciados. Aguardemos!

 

MURO A PREÇO DE OURO

 

O vereador Marinho Nishiyama alegou que um muro de escola teria supostamente custado cerca de 300 mil reais, o que chamou atenção do edil pelo valor elevado do serviço de alvenaria por metro quadrado contratado. Para rebater o ato de fiscalização do vereador entrou em cena o vereador de estimação do prefeito Robson Leite, que ao invés de elucidar o fato com informações oficiais e documentação da Secretaria de Obras, piorou a situação, tornando a averiguação passível de se tornar um processo administrativo disciplinar contra a funcionária responsável pelo contrato e relatório da obra. 

 

PREFEITO FORA DO PLUMO

 

Outra obra que chama a atenção dos vereadores são as obras de moradia no Jardim Bonfigliori com construções que aparentam serem de dimensões menores do que estão previstas no projeto. O assunto vem causando questionamentos que podem gerar mais uma dor de cabeça para a Secretaria de Obras. O prefeito nos últimos tempos vem se notabilizando em não iniciar nenhum canteiro de obras dentro do prazo e conforme as promessas que faz em vídeos em suas redes sociais, que por sinal, também atrasam o conteúdo de informações por falta de trabalho da assessoria de comunicação. Que fase!

 

CADÊ A NOTA FISCAL DA PEDRA?

 

Determinado cidadão muito desconfiado questionou em grupo de debates políticos sobre as obras no local onde serão os eventos de festividades de aniversário da cidade. As obras chamam a atenção por conta de postagens em redes sociais que alegam que os recursos usados no recinto de festas estão sendo 100% particulares. As pedras que estão sendo usadas no local têm procedência conhecida, porém a metragem e nota fiscal até agora nada de serem divulgadas para comprovar que é tudo 100% particular pra valer. O cidadão desconfiado é também conhecido por comentar as sessões da Câmara Municipal sobre luzes decorativas e contratos de ônibus para festividades. Comentar não ofende!

 

CASSAÇÃO BLOQUEADA

 

Pedido de cassação de mandato contra Roberto Comeron foi desconsiderado por unanimidade pelos vereadores. Comeron demonstrou que tem bala na agulha e que ainda dá pro gasto. Ainda mais quando o gasto é por conta da Câmara Municipal...

 

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