A guilhotina da cassação: O mandato do prefeito Mário Tassinari pode se encerrar prematuramente neste ano.
Um pedido de cassação protocolado na Câmara Municipal de Itapeva contendo denúncias de bloqueio de repasses e sub financiamento para Santa Casa por parte da Prefeitura, supostamente por ordem expressa do prefeito, pode aniquilar de vez com a carreira política de Mario Tassinari e seus correligionários.
O mandato de Mário Tassinari deve entrar para história do município como um governo marcado por desentendimentos entre Poder Executivo e Poder Legislativo e medidas impopulares que causam enorme descontentamento na população de Itapeva.
As promessas de melhoria no atendimento dos serviços públicos de saúde, construção de moradias populares, geração de empregos e aprimoramento dos serviços públicos em geral deram lugar a uma notória política do pão e circo, com assistencialismo em massa e festas com suspeitas de superfaturamento sob a vista grossa do próprio prefeito.
Além disso, o mandato do prefeito vem sendo recorrentemente tema comentários e denúncias de suspeitas de fraudes e desvios de conduta de secretários e assessores em relação a contratos e licitações. Assuntos que a Câmara Municipal aparenta não ter interesse algum em investigar e esclarecer as denúncias que são levadas ao seu conhecimento, numa evidente amostra de que os vereadores também não merecem menções de elogios quanto ao zelo na fiscalização dos negócios públicos do município.
As reclamações de gastos inúteis com serviços sem necessidade, como contratação de mapeamento por georreferenciamento com finalidade única e exclusiva de aumentar impostos, gastos excessivos com eventos suspeitos de superfaturamento em datas festivas e sucateamento do atendimento da rede básica de saúde municipal, tornaram o governo de Mário Tassinari pouco eficiente e controverso na opinião popular.
A derrocada de credibilidade do governo Mário Tassinari teve início ao enxotar comerciantes ambulantes das praças e ruas da cidade, em pleno período de pandemia, chegando ao ápice com a grave crise dos serviços de saúde da UPA e intervenção mal sucedida na Santa Casa, tendo ainda o escândalo de maus tratos a animais e retirada dos camelôs como fase crítica que ampliou a desaprovação do prefeito em tempo recorde.
A disputa pelo controle da Santa Casa e promessas descumpridas no setor de moradias populares nos últimos meses se tornou enredo central das polêmicas envolvendo o comportamento autoritário de Mário Tassinari, que por vezes foi protagonista de troca de insultos com vereadores e membros da diretoria da Santa Casa.
Perante um cenário politico hostil e caótico, com impasses causados pelo estilo agressivo e destemperado do prefeito de Itapeva e vereadores embriagados pelo próprio egocentrismo político, a edilidade acolheu um pedido de cassação contra Mário Tassinari com acusações de interferências administrativas indevidas sobre o pagamento de recursos de repasses e emendas para Santa Casa.
Os vereadores declaram abertamente que se não houver acordo em relação aos pagamentos de contratos e repasses da Prefeitura em relação aos serviços hospitalares prestados pela Santa Casa para população de Itapeva e região, a solução final não será outra a não ser cassar o mandato e Mário Tassinari.
A guilhotina da cassação está afiada. Resta saber se a irá decepar a cabeça de um governante que ao exemplo dos absolutistas do passado, abusa do poder e paciência do povo, governando com extrema arrogância e incompetência, ignorando os apelos e vontade do povo, pois dentro do palácio cercado por aduladores e intrigas de bastidores não restam dúvidas que o rei convive apenas com sua própria vontade que jamais deve ser confrontada.

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