Bebê sofre queimaduras de terceiro grau após braço ser sugado por bocal de piscina em Sorocaba
Família denuncia falta de segurança em condomínio após
incidente com criança de 1 ano e 8 meses; 'Poderia ter sido fatal', alerta pai.
Uma menina de 1 ano e 8 meses precisou passar por cirurgia
depois de ter o braço esquerdo sugado pelo bocal da piscina de um condomínio na
Vila Jardini, em Sorocaba, interior de São Paulo. O incidente, ocorrido em 8 de
outubro, deixou a criança com queimaduras de terceiro grau, levando-a a ser
submetida a enxertos de pele. A família agora questiona a segurança das
instalações do condomínio, alertando para o risco de novos acidentes.
Segundo o pai da criança, Allan Patrick dos Santos, a menina
estava acompanhada da mãe na piscina infantil quando, ao colocar a mão em uma
tubulação, teve o braço sugado pela bomba de sucção ligada. "Foi uma
situação desesperadora. Ela ficou presa, e foi necessário quebrar parte da
piscina para soltá-la", relatou Allan. O resgate, que envolveu o Corpo de
Bombeiros, durou cerca de uma hora e meia e, durante o processo, a peça
precisou ser serrada, o que provocou queimaduras severas no braço da menina.
Após o resgate, a criança foi levada a um hospital
particular, onde passou por uma fasciotomia, procedimento destinado a reduzir a
pressão causada pelo bocal da piscina para evitar a perda do membro. A
cirurgia, que durou aproximadamente três horas, foi essencial para preservar o
braço da menina, que continua em recuperação com necessidade de curativos e
cuidados médicos constantes.
A família registrou um boletim de ocorrência, destacando a
falta de dispositivos de segurança obrigatórios no condomínio, exigidos pela
legislação para prevenir acidentes desse tipo em piscinas coletivas. "A
bomba de sucção não deveria estar ligada em um momento como aquele, e nosso
prédio, que é novo, deveria seguir as recomendações de segurança. Isso poderia
ter sido evitado", afirmou Allan, pedindo que pais e moradores pressionem
pela fiscalização e cumprimento das normas em áreas de lazer.
Apesar da notificação à administração do condomínio, a
família alega que nenhuma providência foi tomada até o momento. "Nossa
filha está se recuperando bem, mas o susto e as consequências poderiam ter sido
evitados se houvesse mais atenção com a segurança. Queremos justiça e garantias
de que isso não aconteça com outras famílias", concluiu o pai.
Foto: Arquivo Pessoal
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