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Sequestradora disfarçada de agente de saúde leva bebê de 1 ano em Curitiba; Serviço Nacional pede auxílio de internautas

Caso aconteceu no bairro Parolin; Alerta Amber foi acionado para ajudar nas buscas

Uma bebê de 1 ano e sete meses foi sequestrada na manhã desta quinta-feira (23) no bairro Parolin, em Curitiba. De acordo com a Polícia Militar do Paraná (PM-PR), a sequestradora se passou por agente de saúde e convenceu a mãe da criança a realizar um suposto exame de sangue. O caso mobilizou autoridades e acionou o sistema nacional Amber Alert, que notifica usuários das redes sociais sobre desaparecimentos em um raio de 160 quilômetros.

Segundo o relato da família, a mulher chegou à residência vestindo um avental e máscara sanitária, o que ajudou a sustentar sua falsa identidade. A mãe da criança, de 27 anos, informou que a suspeita alegou que havia recebido uma denúncia e que seria necessário realizar um exame de sangue na mãe e na bebê. Por volta das 11h50, a mulher ofereceu um líquido verde à mãe, supostamente como preparação para o exame, e solicitou que ambas entrassem no carro.

Já dentro do veículo, a sequestradora pediu que a mãe prendesse a criança na cadeirinha. No momento em que a jovem desceu do carro para realizar a tarefa, a criminosa acelerou, deixando a mãe para trás e levando a bebê, identificada como Eloah Pietra Almeida dos Santos, que estava vestindo uma roupa rosa no momento do sequestro.

O sequestro foi rapidamente reportado ao sistema Amber Alert, que divulga alertas de desaparecimento em redes sociais como Facebook e Instagram. Criado em 2023 por meio de uma parceria entre o Ministério da Justiça e Segurança Pública e a empresa Meta, o sistema tem como objetivo alertar a população e auxiliar nas buscas em casos de risco iminente à vida.

De acordo com a Polícia Civil do Paraná (PC-PR), que aderiu ao serviço em 2024, o programa é ativado apenas em situações que atendem critérios específicos, como a existência de indícios claros de perigo imediato. As mensagens de desaparecimento ficam disponíveis por pelo menos 24 horas e incluem números de contato para o envio de informações anônimas.

A avó de Eloah, Maria Isabel Alves dos Santos, afirmou em entrevista que a família está desesperada. “Ela parecia tão convincente, com máscara, avental, tudo. A gente nunca imaginou que pudesse ser um sequestro. Minha filha está em choque”, declarou.

A PM-PR informou que equipes estão mobilizadas na busca por Eloah e pela sequestradora. Informações preliminares indicam que a criminosa pode ter planejado o crime com antecedência, utilizando uma identidade falsa para se aproximar da família. Câmeras de segurança da região estão sendo analisadas, e qualquer pista sobre o paradeiro da sequestradora pode ser comunicada pelo telefone 190.

O caso também chamou atenção para a necessidade de cautela ao receber visitas inesperadas de supostos profissionais de saúde ou outros serviços. Autoridades recomendam que, em situações semelhantes, sejam verificadas as credenciais e confirmadas as informações diretamente com órgãos competentes antes de permitir a entrada de desconhecidos.

Parceria e eficácia do Amber Alert

Amber Alert: serviço nacional pede auxílio de internautas para encontrar bebê sequestrada em Curitiba — Foto: Amber Alert

Desde a implementação do Amber Alert no Brasil, o sistema tem sido elogiado pela rapidez na disseminação de informações e pela capacidade de engajar a população nas buscas. Em casos como o de Eloah, cada minuto é crucial. O Ministério da Justiça reforça que a colaboração do público pode fazer a diferença na localização de vítimas e na captura de criminosos.

Enquanto as investigações prosseguem, familiares e amigos de Eloah pedem orações e esperam que o alerta nacional ajude a trazer a bebê de volta para casa em segurança.

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