EDITORIAL — O eleitor traído
Estejam certos de uma coisa que não muda: Para ser enganado por político, ou se tornar adulador de político; basta ser ignorante e irracional.
Para ser cidadão é necessário inteligência e atrevimento de contestação. O cidadão é sujeito consciente que têm direitos e deveres, conhece suas possibilidades e impossibilidades diante das situações que lhe recaem.
Bem ao contrário são os boquiabertos que tem políticos de estimação. São ignorantes e estão em outra categoria. Nada promissora por sinal.
O eleitor membro de fã clube do político de estimação se torna adulador de tempo integral e se deixa enganar com tamanha facilidade. É dominado pela síndrome da confiança inabalável no seu estimado bibelô político.
Para ser cidadão é necessário inteligência e atrevimento de contestação. O cidadão é sujeito consciente que têm direitos e deveres, conhece suas possibilidades e impossibilidades diante das situações que lhe recaem.
Bem ao contrário são os boquiabertos que tem políticos de estimação. São ignorantes e estão em outra categoria. Nada promissora por sinal.
O eleitor membro de fã clube do político de estimação se torna adulador de tempo integral e se deixa enganar com tamanha facilidade. É dominado pela síndrome da confiança inabalável no seu estimado bibelô político.
A devoção é religiosa, na campanha eleitoral o seu candidato é considerado como salvador da pátria e município, promete milagres administrativos, depois de eleito se torna beato na expectativa que cumprirá cada pedido dos eleitores, logo de depois empossado no cargo é canonizado pelos bajuladores. Pronto está montada a tragédia eleitoral e pós eleitoral.
Ao contrário da fé religiosa, eleitor devoto continua crendo nas promessas descumpridas e pedidos desatendidos. A malta eleitoral se torna uma legião de adoradores incondicionais do político levado aos altares pela irracionalidade e ignorância manifesta dos bajuladores.
Se pensar mais próximo da vida usual, são uma espécie de esposa ou marido traído que perdoa as infidelidades. Uns são mais mansos e aceitam as traições, outros ficam enfurecidos e raivosos, mas seguem perdoando as traições do amado político. O traído passional perdoa qualquer batom no colarinho e perfume barato impregnado na roupa amarrotada, mesmo que flagrante, é passível de escusas. Da mesma forma age o eleitor traído, basta um afago que mantém a relação apesar das desconfianças e cornos na testa.
Mesmo que o amado político conceda alguma explicação desconexa fora da realidade, ali está o bajulador vira latas lambendo a mão do seu dono. Pouco importa se a situação do povo se agrava cada dia mais por inércia ou incúria do prefeito ou prefeita. A fidelidade canina é algo que mantém-se incondicional cegando qualquer um destes tolos teimosos.
Enquanto o eleitor é condicionado pela falsa certeza, aquela crença abobalhada, de que seu escolhido é iluminado divinamente para governar e fará tudo diferente, o cidadão consciente cobra pautas, reclama por resultados, exige satisfações específicas de reivindicações que estão paralisadas sem decisão ou ação dos governantes. Já o bajulador acredita por necessidade de acreditar por doentia paixão pela ilusão política. O cidadão consciente não cai nessa cilada do destino.
Estamos diante desse quadro? Lembrando que, tem muita gente que vai esbravejar ao ler isso, pois o serviço de uns e outros, é exatamente esse, rosnar e morder tudo aquilo que conteste e coloque em xeque suas vaidosas certezas pré-fabricadas na base da irracionalidade política.
Quando temos um município pequeno, médio ou grande metrópole onde os prefeitos desavergonhadamente investem na manutenção da massa de manobra alimentada por marketing político, as cidades agonizam sem governo à altura das imposições que realmente merecem serem atendidas. A história não muda.

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