Itapeva registra 129 casos de mão-pé-boca em 17 creches e escolas infantis
Após publicação do Jornal No Alvo, Prefeitura confirma
número de casos, reforça medidas de prevenção e descarta surto; aulas seguem
normalmente
A Prefeitura de Itapeva confirmou, nesta quinta-feira, 27 de
março, o registro de 129 casos da Síndrome Mão-Pé-Boca em crianças de 0 a 5
anos, atendidas por 17 unidades de Educação Infantil do município. A nota
oficial foi divulgada um dia após a matéria publicada pelo Jornal No Alvo, que
revelou a preocupação crescente de mães e responsáveis com a disseminação da
doença em creches e escolas da cidade.
Segundo o comunicado, a infecção — provocada pelo vírus Coxsackie
— é comum na infância e costuma se manifestar com febre, feridas na boca, erupções
nas mãos e nos pés, além de mal-estar, irritabilidade e perda de apetite. As manchas
e bolhas podem se estender também às nádegas em alguns casos.
Apesar do número expressivo de ocorrências, a Secretaria
Municipal de Educação, em conjunto com a Secretaria de Saúde, afirmou que não
há surto no município. De acordo com o posicionamento, esse tipo de infecção
costuma se repetir anualmente, principalmente com a chegada do outono, período
mais propício à circulação viral em ambientes fechados e com grande
concentração de crianças.
“As aulas seguem normalmente em todas as unidades onde a
doença foi detectada”, informa a nota. A orientação é de que crianças com
sintomas permaneçam em casa até a recuperação total, geralmente entre 7 e 10
dias, conforme recomendação médica. O objetivo é evitar a disseminação do vírus
no ambiente escolar.
A Secretaria listou uma série de cuidados importantes para
evitar o contágio, como:
- Lavar as mãos com água e sabão com frequência;
- Evitar contato direto com crianças infectadas;
- Manter brinquedos e superfícies limpos e desinfetados;
- Não compartilhar copos, talheres, toalhas e outros objetos
pessoais;
- Oferecer alimentação leve e manter boa hidratação para as
crianças doentes;
- Buscar atendimento médico ao surgimento dos primeiros
sintomas.
A administração municipal também destacou que os profissionais
da rede municipal de ensino já foram orientados pelo Setor de Vigilância
Sanitária, e que o monitoramento segue ativo em parceria com as equipes da
saúde.
Para as famílias, a recomendação é clara: qualquer sinal da
doença deve ser levado ao conhecimento médico e, enquanto houver sintomas, a
criança precisa ser afastada da rotina escolar para evitar o contágio em sala
de aula.
Em caso de dúvidas, os pais e responsáveis podem procurar o posto
de saúde mais próximo da residência para esclarecimentos ou orientações
adicionais.
A nota da Prefeitura foi publicada em resposta à demanda
crescente da população por informações claras e objetivas sobre o avanço da
doença nas unidades educacionais de Itapeva. Embora a situação esteja sob
controle, o alerta permanece para que os cuidados de higiene não sejam
negligenciados — especialmente neste período de maior vulnerabilidade viral.

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