Saúde

Bela Vista e centro concentram maior número de casos de dengue em Itapeva

Com 42 casos confirmados, Bela Vista lidera os registros da doença; população cobra ações mais efetivas da Prefeitura

O bairro Bela Vista, acumula o maior número de casos confirmados de dengue em 2025: são 42 pessoas infectadas, conforme boletim da Secretaria Municipal de Saúde divulgado nesta quinta-feira, 3 de abril. O centro aparece logo atrás, com 10 casos confirmados. No total, o município soma 129 confirmações e 1.087 notificações desde o início do ano. Diariamente pacientes com suspeitas são internados e liberados.

Apesar da situação preocupante, moradores relatam pouca presença de agentes de saúde e cobram ações mais intensas do poder público. Confira a distribuição dos casos positivos por bairro:

Bela Vista – 42 casos, Centro – 10 casos, Jardim Paulista – 8 casos, Cimentolândia – 7 casos, Virgínia – 7 casos, Tancredo Neves – 6 casos, Grajáu – 5 casos, Jardim Nova Itapeva – 4 casos, Loteamento Longa Vida – 4 casos, Morada do Bosque – 4 casos, Vila Nova – 4 casos.

Bairros com até 3 casos:

Jardim Ferrari – 2, Jardim Europa – 1, Jardim Maringá – 1, Jardim Morada do Sol – 1, Jardim Santa Rosa – 1, Amarela Velha – 1, Beija Flor – 1, Itapeva F – 1, Jardim Califórnia – 1, Pacova – 2, Parque Nova Esperança – 1, Parque São Jorge – 2, Santa Maria – 1, São Camilo – 1, São Miguel – 2, Vila Aparecida – 2, Vila Boava – 1, Vila Guarani – 2 e Vila Taquari – 2.

Ao todo, mais de 35 bairros da cidade já registraram casos. A presença do mosquito Aedes aegypti está espalhada por praticamente todo o território urbano.

Mesmo diante da alta de casos, o boletim não detalha as ações em andamento para conter o avanço da doença. Fumacê, mutirões de limpeza e vistorias em imóveis abandonados são medidas frequentemente anunciadas, mas pouco percebidas pela população. A Prefeitura disponibilizou o número 0800 090 0134 para denúncias de criadouros, mas moradores afirmam que a resposta tem sido lenta.

A Secretaria Municipal de Saúde recomenda cuidados simples, como eliminar água parada, tampar caixas d’água, limpar calhas e usar repelente. Porém, faltam as campanhas educativas e ações coordenadas nos bairros mais afetados.

Com a chegada do outono e o risco de mais chuvas intercaladas por calor, o ambiente continua favorável à proliferação do mosquito. A pergunta que fica é: o que o poder público está, de fato, fazendo para impedir que o surto se transforme em epidemia?

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