Após 90 dias na UTI, jovem de Taquarituba é transferida para enfermaria em Avaré
Caroline Costa Rolim, de 20 anos, recebeu alta da UTI na
sexta-feira (4) e agora está internada na Santa Casa de Avaré. Família comemora
melhora clínica, mas médicos confirmam que as sequelas são permanentes.
Depois de três meses internada na UTI, a jovem Caroline
Costa Rolim, de 20 anos, natural de Taquarituba, foi transferida para um
quarto de enfermaria na Santa Casa de Avaré. A mudança aconteceu na última
sexta-feira, dia 4 de abril, quando ela completou exatos 90 dias de internação.
Apesar da melhora no estado geral, os médicos informaram à família que o quadro
neurológico da jovem é irreversível.
As informações foram repassadas à equipe do Jornal No Alvo
pelo irmão de Caroline, Rodrigo Costa Rolim. Ele contou que a jovem recebeu
alta da UTI e agora permanece na enfermaria, onde segue sendo acompanhada por
uma equipe médica especializada. Ainda segundo Rodrigo, apesar da gravidade da
situação, Caroline está estável, mas as sequelas neurológicas são permanentes,
o que exigirá cuidados contínuos e readequação da rotina familiar.
Caroline ficou gravemente doente após contrair uma virose
durante uma viagem de Ano-Novo com a família ao litoral paulista. O que parecia
um simples mal-estar logo se transformou em uma situação grave: ela teve uma
parada cardíaca, precisou ser entubada, passou por traqueostomia e ficou
semanas sedada. Desde então, passou por diferentes hospitais — em Guarujá,
Santos e, agora, Avaré.
Com o tempo, a jovem apresentou sinais de melhora: não
precisa mais de diálise, responde aos medicamentos e tem a respiração mais
estável. No entanto, exames mostraram que ela sofreu danos no cérebro que não
podem ser revertidos. Por isso, mesmo acordada e com os sinais vitais
controlados, Caroline não consegue se comunicar ou realizar atividades sozinha.
A família agora está aprendendo a lidar com essa nova
realidade. Segundo parentes, os pais da jovem permanecem ao lado dela no
hospital e estão sendo orientados pelos profissionais de saúde para saber como
cuidar dela daqui pra frente. Eles seguem firmes, mesmo abalados com a notícia
do diagnóstico.
Em Taquarituba, a história de Caroline comoveu muitas
pessoas. Moradores, amigos e familiares fizeram correntes de oração, campanhas
nas redes sociais e se mobilizaram em apoio à família. Agora, com a
possibilidade de que ela volte para casa em algum momento, os parentes começam
a se organizar para adaptar a residência e garantir o conforto necessário para
a jovem.
Apesar da tristeza com o diagnóstico, os familiares
agradecem por ela estar viva e seguem esperançosos de que Caroline continue
respondendo bem aos cuidados, ainda que as limitações sejam permanentes. O caso
também chama a atenção para os riscos de viroses que, mesmo parecendo
inofensivas, podem causar complicações graves e imprevisíveis.
Caroline continua internada em Avaré, sob acompanhamento
médico. Ainda não há previsão para alta definitiva. Enquanto isso, a família
segue em vigília e adaptação para um futuro que exigirá dedicação, amor e
cuidados constantes.

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