Câmara de Itapeva aprova R$ 2,5 milhões para a Santa Casa em regime de urgência
Votação unânime garante recursos para custeio da UTI
Legado e reforço no atendimento hospitalar nos próximos quatro meses
A Câmara Municipal de Itapeva aprovou, na noite desta
segunda-feira, 19 de maio, dois projetos de lei que autorizam o repasse de mais
de R$ 2,5 milhões à Santa Casa de Misericórdia. A votação ocorreu em regime de
urgência e em dois turnos, viabilizando a liberação célere dos recursos para a unidade
hospitalar, que tem enfrentado crescente demanda por atendimentos
especializados e de alta complexidade.
As propostas, encaminhadas ao Legislativo pela prefeita
Adriana Duch, preveem duas frentes de apoio financeiro à instituição. O
primeiro projeto autoriza o repasse de R$ 736.728, fracionados em quatro
parcelas mensais, com destinação específica à manutenção e continuidade dos
serviços da UTI Legado — setor considerado estratégico no suporte a pacientes
em estado crítico. Já o segundo texto destina R$ 1,8 milhão, divididos em duas
parcelas, que deverão ser aplicadas em demais áreas de custeio hospitalar, como
aquisição de insumos, pagamento de pessoal e reforço nos atendimentos clínicos.
A tramitação relâmpago dos projetos foi justificada pela
urgência da demanda apresentada pela Santa Casa e pelo reconhecimento, por
parte dos vereadores, da necessidade de assegurar o funcionamento pleno da
instituição, que atende não apenas Itapeva, mas dezenas de municípios da
região. Diante do consenso, os parlamentares aprovaram as matérias por
unanimidade, dispensando prazos regimentais.
A aprovação dos projetos encerra a etapa legislativa e
autoriza agora o Poder Executivo a sancionar as leis e iniciar os trâmites
administrativos para a efetivação dos repasses. De acordo com a prefeitura, o
calendário de pagamento será seguido à risca, com os valores sendo transferidos
já nas próximas semanas.
Para além dos números, a decisão do Legislativo representa
um alívio temporário para a Santa Casa, que vinha alertando autoridades e a
população sobre o risco de colapso diante da superlotação e da escassez de
recursos. A instituição, que atua como referência em atendimentos de média e
alta complexidade na região sudoeste paulista, enfrenta uma sobrecarga
estrutural agravada pelos aumentos sazonais de casos respiratórios, internações
pediátricas e atendimentos de urgência.
Nos bastidores, vereadores destacaram que a medida não
resolve os problemas estruturais enfrentados pela entidade, mas oferece o
fôlego necessário para evitar interrupções em serviços essenciais.
Parlamentares também cobraram da Prefeitura e do Estado de São Paulo maior
previsibilidade nos repasses e um plano de médio prazo para garantir a
sustentabilidade financeira do hospital.
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