Santa Casa de Itapeva ultrapassa 111% de ocupação na Clínica Médica e realiza 140 cirurgias em uma semana
Alta demanda sobrecarrega estrutura hospitalar; maioria dos atendimentos e internações vem de Itapeva, mas pacientes de outros municípios representam 34% no pronto-socorro e 44% nas internações
Na semana de 22 a 28 de julho, a Santa Casa de Misericórdia
de Itapeva operou no limite, com destaque para a taxa de ocupação da clínica
médica, que chegou a 111,56%, indicando superlotação. As UTIs também
registraram altos índices: 98,70% na geral e 88,60% na neonatal. O boletim
ainda aponta 596 atendimentos no pronto-socorro, sendo 45,30% de baixa
complexidade (azul e verde), que poderiam ter sido resolvidos em UBSs ou UPAs.
Dos atendimentos de urgência, 65,94% foram em moradores de
Itapeva, enquanto 34,06% vieram de outros municípios. Nas internações, o
cenário foi semelhante: 55,45% de pacientes de Itapeva e 44,55% de fora. A
pressão regional sobre o hospital evidencia a centralização dos atendimentos de
média e alta complexidade na Santa Casa, que segue como referência para dezenas
de cidades do sudoeste paulista.
Foram realizadas 140 cirurgias na semana — 105 de urgência e
35 eletivas — totalizando 524 no mês. O hospital também manteve o atendimento
de 190 pacientes em hemodiálise e uma média de 3.800 procedimentos oncológicos,
reforçando seu papel como centro regional de referência em tratamentos
especializados.
O boletim também destaca ações institucionais, como a
implantação do Serviço de Informação sobre Medicamentos (SIM), palestras sobre
comunicação assertiva, parcerias com empresas locais e participação em
treinamentos sobre práticas seguras na saúde. Mesmo diante de limitações, a
Santa Casa mostra esforços contínuos para manter a qualidade dos serviços
prestados.
Por fim, a unidade não registrou internações ou confirmações
de dengue no período, mas atendeu 47 pacientes com síndrome respiratória, sendo
7 deles internados. O cenário reafirma a necessidade de reforço na rede básica
de saúde e investimentos na estrutura hospitalar regional, para evitar a
sobrecarga contínua do hospital.



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