Câmara de Itapeva aprova isenção de IPTU para pessoas com doenças graves e condições especiais
Projeto de lei beneficia pessoas com câncer, HIV,
deficiências renais e outras doenças, desde que atendam a critérios de renda e
moradia
A Câmara Municipal de Itapeva aprovou, nesta segunda-feira, 11
de agosto, o Projeto de Lei nº 113, que estabelece a isenção do Imposto Predial
e Territorial Urbano (IPTU) para pessoas com doenças graves e condições
especiais. O projeto recebeu aprovação unânime dos vereadores e visa aliviar o
peso tributário sobre indivíduos com câncer, HIV/Aids, doenças renais crônicas,
Alzheimer, Parkinson, esclerose lateral amiotrófica, esclerose múltipla,
sequelas de AVC e transtorno do espectro autista (TEA).
Para ser contemplado pela isenção, o imóvel precisa atender
a requisitos específicos: ser o único bem da pessoa ou, no caso de mais de um
imóvel, ser utilizado de forma gratuita; a área construída não pode ultrapassar
120 m²; e a renda familiar mensal não pode ser superior a três salários
mínimos. Esses critérios visam garantir que o benefício alcance apenas as
pessoas em situação de vulnerabilidade social e financeira.
A vereadora Áurea Rosa (PP), que apoiou a iniciativa,
defendeu que o projeto atingirá apenas as pessoas realmente necessitadas.
"O objetivo é apoiar aqueles que realmente enfrentam dificuldades,
especialmente as que não podem mais contar com o apoio de um emprego fixo
devido à idade ou a doenças graves", destacou a parlamentar. Ela também
mencionou que a metragem de muitos imóveis, que são vendidos a preços
acessíveis, é inferior à exigência de 120m², atendendo às necessidades das
famílias de baixa renda.
O projeto, inicialmente apresentado pelo vereador Vanderlei
Pacheco (Avante), passou por ajustes após sugestões das comissões de Legislação
e Economia, que incluíram o TEA na lista de condições beneficiadas e ampliaram
a área permitida para 120 m². A proposta original limitava o benefício a
imóveis de até 100 m², mas as mudanças visaram refletir a realidade de muitos
itapevenses, cujos imóveis menores ainda são considerados essenciais para sua
moradia.
O vereador Tarzan (PP) explicou que a alteração na metragem
foi fruto de um consenso entre os membros das comissões, levando em conta o
atual cenário econômico. "Com a inflação e a diminuição da renda, muitos
moradores de baixa renda possuem imóveis que antes eram adequados para suas
condições, mas que agora se encaixam dentro da nova metragem de 120 m²",
afirmou Tarzan, destacando a sensatez da medida.
O projeto, que visa garantir um alívio fiscal para famílias
em situações difíceis, agora aguarda a sanção do Executivo para ser
oficialmente implementado, oferecendo um apoio significativo a quem mais
necessita.

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