Itapeva registra seis casos de estupro de vulnerável em julho
Cidade contabilizou seis ocorrências no mês, uma a mais
do que no mesmo período do ano passado; autoridades reforçam importância da
denúncia
Itapeva registrou seis casos de estupro de vulnerável no mês
de julho, segundo dados da Secretaria de Segurança Pública do Estado de São
Paulo (SSP). O número representa um aumento em relação ao mesmo mês do ano
passado, quando cinco ocorrências haviam sido registradas.
O crime, previsto no Código Penal, envolve qualquer ato
libidinoso contra menores de 14 anos ou pessoas incapazes de oferecer
resistência. Trata-se de uma das violações mais graves, pois atinge diretamente
crianças e adolescentes, vítimas em condição de extrema fragilidade.
Embora os números já preocupem, os registros oficiais não
refletem toda a realidade. Muitos casos deixam de ser denunciados, seja por
medo, vergonha ou pela relação de dependência em que a vítima se encontra com o
agressor — muitas vezes alguém próximo da família.
Relatórios nacionais indicam que a maioria dos abusos
acontece dentro das próprias residências das vítimas. Esse dado reforça a
necessidade de ampliar políticas de prevenção, acolhimento e conscientização,
além de fortalecer a rede de proteção em escolas, unidades de saúde e
instituições sociais.
A Polícia Civil e a Polícia Militar ressaltam que denunciar
é fundamental para interromper ciclos de violência. Qualquer cidadão pode
acionar o telefone 190, registrar ocorrência em delegacias ou recorrer ao
Disque 100, canal nacional de defesa dos direitos humanos. O sigilo é garantido
em todos os atendimentos.
Mais do que estatísticas, cada caso representa uma vida
profundamente marcada. Romper o silêncio é essencial para proteger crianças e
adolescentes. A denúncia é um ato de responsabilidade coletiva que pode salvar
vítimas e impedir novas tragédias.

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