IML de Itapeva segue fechado desde 2019 e impasse entre Prefeitura e Estado atrasa reabertura
Em entrevista à Rádio Clube FM, prefeita Adriana Duch
expõe divergência sobre convênio e diz aguardar posição final do governo
paulista
O Instituto Médico Legal (IML) de Itapeva está fechado desde
2019, deixando a população da cidade e de municípios vizinhos sem atendimento
pericial e obrigando famílias enlutadas a se deslocarem para outras localidades
em busca de serviços essenciais. A ausência da unidade tem causado transtornos
frequentes, sobretudo em situações de óbito sob investigação, quando cada hora
de espera agrava a dor dos familiares.
Nesta segunda-feira, 22 de setembro, a prefeita Adriana Duch concedeu entrevista à Rádio Clube FM, conduzida por Terezinha da Paulina, e foi questionada sobre a real situação da reativação do IML. O tema ganhou força em janeiro deste ano, quando a prefeita anunciou ter participado de reunião com autoridades estaduais para tratar do retorno do serviço.
Segundo Adriana Duch, a Prefeitura assinou em Sorocaba uma
minuta de convênio com a Secretaria de Segurança Pública, que previa a cessão
de apenas um servidor municipal para atuar em apoio ao IML. O documento foi
encaminhado a São Paulo e chegou a ser publicado no Diário Oficial. No entanto,
explicou a prefeita, houve uma reviravolta: o Estado passou a exigir três
funcionários, sob a justificativa de que o serviço deveria operar em regime de
24 horas.
“Quando houve a publicação, eu fiz contato com o doutor
Túlio, de Sorocaba, e ele disse: ‘Prefeita, está errado o convênio. Não é um
funcionário, são três’. Eu questionei, já que havíamos acordado diferente. A
resposta foi que, para atender a qualquer hora do dia ou da noite, seriam
necessários três servidores fixos. Mas essa condição não havia sido discutida
na nossa reunião inicial”, relatou.
O impasse obrigou a prefeita a levar o caso diretamente ao
governo do Estado. Segundo ela, São Paulo já foi informado sobre a divergência
e se comprometeu a apresentar uma posição definitiva ainda nesta semana. “Eles
me deram esta segunda-feira como prazo final para dar uma resposta”, afirmou.
Enquanto a definição não vem, o IML de Itapeva permanece
fechado, completando seis anos de paralisação. Nesse período, famílias
enfrentam deslocamentos desgastantes até outras cidades para liberação de
corpos e realização de exames periciais. A situação, além de dolorosa, acarreta
custos extras e amplia a sensação de abandono da região.
A prefeita reforçou que seguirá cobrando uma solução do
Estado para que o convênio seja ajustado e o atendimento restabelecido.

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