Itapeva anuncia reorganização da rede municipal de ensino a partir de 2026
Resolução publicada no Diário Oficial aponta problemas
estruturais em escolas e prevê mudanças para garantir segurança, qualidade
pedagógica e ampliação de vagas
A Prefeitura de Itapeva, por meio da Secretaria Municipal da
Educação, oficializou nesta sexta-feira, 26 de setembro, a Resolução nº 13/2025, que
estabelece diretrizes para a reorganização da rede municipal de ensino a partir
do ano letivo de 2026. O texto, publicado no Diário Oficial do Município, cita
riscos estruturais graves em diversas unidades escolares e aponta que parte das
mudanças é inevitável diante da precariedade dos prédios.
De acordo com a resolução assinada pela secretária de
Educação, Geni Cardoso Muzel Santos, inspeções técnicas realizadas em
diferentes unidades detectaram problemas como infestação de cupins, fissuras em
telhados e paredes, infiltrações e riscos de desabamento. O documento relembra
que, em 2024, a EMEI Marlene Marchetti Gabriel Vaz já havia sido interditada
por questões geológicas e transferida para funcionar junto à EM Celso Duch
Vilar. Já em 2025, a situação se agravou: escolas como a EM Celso Duch Vilar,
EMEI Maria Gonçalves Rodrigues e parte da EMEI Francisco Rossi Junior também
precisaram ser interditadas.
Além disso, o texto destaca que outras unidades apresentam
sinais de risco iminente, apontados pelo Tribunal de Contas do Estado e
confirmados por laudos técnicos. Segundo a Secretaria de Educação, a magnitude
dos reparos necessários impossibilita a realização das obras com alunos
frequentando as escolas, o que torna a reorganização da rede uma medida
obrigatória.
A resolução define como prioridades da reestruturação a
segurança da comunidade escolar, a garantia de permanência dos estudantes em
unidades próximas de suas residências, a ampliação da oferta de vagas na
Educação Infantil e a implementação da jornada escolar mínima de 25 horas
semanais no Ensino Fundamental, totalizando mil horas anuais. Também está
prevista a ampliação gradual do número de vagas em período integral,
principalmente em bairros mais vulneráveis.
Outro ponto destacado é a garantia de que todos os
servidores das unidades afetadas poderão acompanhar seus alunos na nova
lotação, respeitando critérios de antiguidade e titulação. O documento ainda
assegura que nenhuma decisão será tomada de forma unilateral ou abrupta: todas
as alterações deverão passar por análise da Comissão de Educação da Câmara
Municipal, do Conselho Municipal de Educação e do Conselho Municipal dos
Direitos da Criança e do Adolescente.
A Secretaria de Educação também se comprometeu a manter
acompanhamento contínuo das mudanças e monitorar os impactos pedagógicos, de
forma a assegurar a aprendizagem e o desenvolvimento dos estudantes.
Com a publicação, a resolução entra em vigor imediatamente,
mas os efeitos práticos da reorganização começarão a ser sentidos em 2026. O
tema já gera apreensão entre famílias e educadores, que aguardam os próximos
passos da Prefeitura e da Câmara Municipal na condução desse processo.
Para acessar o Diário Oficial publicado, click aqui!

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