Ministério da Saúde inicia distribuição de medicamento de última geração para câncer de mama no SUS
Com investimento de R$ 159 milhões, primeiro lote do
Trastuzumabe Entansina chega para atender 100% da demanda em 2025
Nesta segunda-feira, 13 de outubro, o Ministério da Saúde
recebeu o primeiro lote do Trastuzumabe Entansina, medicamento inovador para
tratamento de câncer de mama HER2-positivo, sendo já incorporado ao SUS com
vistas a atender integralmente a demanda pública. Ao todo, foram entregues 11.978
unidades (6.206 de 100 mg e 5.772 de 160 mg), destinadas a suprir o tratamento
de 1.144 pacientes no ano de 2025.
O Trastuzumabe Entansina é indicado para mulheres que ainda
apresentam sinais da doença após a quimioterapia inicial, geralmente em casos
de câncer de mama HER2- positivo em estágio III. A nova terapia representa um
avanço no cuidado, ampliando as opções de tratamento no SUS e oferecendo
melhores perspectivas de controle da doença e qualidade de vida.
O aporte total para a aquisição dos 34,4 mil frascos-ampola
chega a R$ 159,3 milhões, negociado em valores cerca de 50% abaixo do mercado,
resultando em economia estimada de R$ 165,8 milhões para os cofres públicos.
Antes cotado a R$ 7,2 mil (100 mg) e R$ 11,6 mil (160 mg), o medicamento será
comprado a R$ 3,5 mil e R$ 5,6 mil, respectivamente.
Segundo José Barreto, diretor do Departamento de Atenção ao
Câncer do Ministério, trata-se de “um avanço gigantesco para a oncologia
nacional”, capaz de reduzir em até 50% a mortalidade de pacientes com esse
subtipo agressivo da doença. As próximas remessas estão previstas para dezembro
de 2025, março e junho de 2026.
O Trastuzumabe Entansina será distribuído às secretarias
estaduais de saúde, que farão a dispensação conforme os protocolos clínicos
vigentes. Além disso, o Ministério avança na oferta dos inibidores de ciclinas
(abemaciclibe, palbociclibe e ribociclibe) para casos de câncer de mama com
receptor hormonal positivo e HER2-negativo, por meio de compra descentralizada
via APAC — modelo que conferirá mais agilidade e autonomia a estados e
municípios na aquisição dos medicamentos.
Fonte: Ministério da Saúde

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