Destinos, produtos e eleição para o COC dominam reunião com o Conturesp
Concessão
dos aeroportos paulistas terá R$ 447 milhões em investimentos diretos
Leilão recebeu propostas vencedoras com ágio de 11,14% sobre a outorga
para o lote Noroeste e de 11,5% para o lote Sudeste
O Vice-Governador e Presidente do Conselho Gestor de
PPP, Rodrigo Garcia, acompanhou na quinta-feira (15), na sede da B3, na capital,
a abertura dos envelopes com as propostas para os 22 aeroportos regionais,
atualmente administrados pelo Governo do Estado de São Paulo, por meio do Daesp
(Departamento Aeroviário do Estado de São Paulo).
“Estamos completando aqui nosso oitavo contrato de
concessão de parceria público-privada. Isso reforça o compromisso de um Estado
menor, mais enxuto e eficiente, voltado para o atendimento das prioridades do
serviço público nas áreas da saúde, educação e segurança”, afirmou Garcia.
Com ágio de 11,14 % sobre a outorga mínima, o
Consórcio Aeroportos Paulista apresentou a oferta vencedora de R$ 7,6 milhões
pela concessão do lote Noroeste de aeroportos do interior, que engloba 11
aeroportos, encabeçados por São José do Rio Preto. Já para o lote Sudeste, que
inclui outros 11 aeroportos, com destaque para o de Ribeirão Preto, o vencedor
foi o Consórcio Voa NW e Voa SE, a partir da proposta de R$ 14,7 milhões,
equivalente a ágio de 11,5% sobre a outorga mínima.
“Um ótimo resultado. A chegada do investidor privado
vai gerar um aumento de capacidade dos aeroportos impactando na oferta de voos
e, consequentemente, uma alta significativa de desenvolvimento econômico e
social dos municípios, o que gera emprego e renda para todos os brasileiros”,
disse o Secretário de Logística e Transportes, João Octaviano Machado Neto.
A concessão à gestão da iniciativa privada prevê a
prestação dos serviços públicos de operação, manutenção, exploração e ampliação
da infraestrutura aeroportuária estadual. A ARTESP passa a ser agência
reguladora do contrato de concessão. Com caráter de concorrência internacional
e prazo de operação de 30 anos, o contrato prevê modelo de remuneração
tarifária e não tarifária, por meio da exploração de receitas acessórias, como
aluguéis de hangares ou atividades comerciais, no terminal, restaurantes e
estacionamento, ou pela realização de investimentos para exploração de
imobiliária, com grande potencial para o desenvolvimento de novas atividades e
negócios em torno dos aeroportos.
“São Paulo tem mais de 23 milhões de habitantes em
seu interior. É um mercado com enorme poder e pujança. Com a concessão dos
aeroportos, damos início a um novo momento, mais integrado e mais privado, de
todo território paulista,” destacou Gustavo Junqueira, presidente da InvestSP.
A subsecretária de Parcerias, Tarcila Reis, lembrou
que esse é mais um projeto estruturado pelo Programa de Parcerias do Estado de
São Paulo, que insere inovações relevantes ao modelo de concessão. “Podemos
destacar a obrigatoriedade de uma categoria de investimentos que poderão ser
realocados no âmbito das revisões contratuais, com o objetivo de garantir
equilíbrio econômico-financeiro ao longo da operação”, afirmou.
Blocos
Noroeste e Sudeste
Divididos em dois blocos – Noroeste e Sudeste – os
aeroportos estão espalhados pelo interior do Estado de SP. Juntos, já
movimentaram mais de 2,5 milhões de passageiros, e a expectativa é de
crescimento de mais de 230% no movimento dessas unidades durante o período de
concessão. Dos 22 agora concedidos, seis já contam com serviços de aviação
comercial regular e 13 têm potencial de se desenvolver como novas rotas
regulares durante a concessão.
O diretor-geral da ARTESP, Milton Persoli, concorda
que a concessão aeroportuária promoverá não só o desenvolvimento da aviação
estadual, mas também da economia das regiões, por meio da atração de novos
investimentos e da promoção do turismo de lazer e de negócios em todo o
interior paulista. “Com aeroportos mais preparados, será natural a
multiplicação de opções de prestação de serviços de excelência nas cidades e,
consequentemente, ampliaremos o potencial de geração de divisas em São Paulo”,
afirma.
Grupo
Noroeste
Esse lote é composto por 11 unidades, encabeçada por
São José do Rio Preto, além dos aeroportos comerciais de Presidente Prudente,
Araçatuba e Barretos, bem como dos aeródromos de Assis, Dracena, Votuporanga,
Penápolis, Tupã, Andradina, Presidente Epitácio.
No total, estão previstos R$ 181,2 milhões de
investimentos ao longo do contrato de concessão, sendo os valores distribuídos
para ampliação de capacidade, melhoria da operação e adequação à regulação.
Estão previstos para os primeiros quatro anos de operação investimentos de R$
62,3 milhões.
Grupo
Sudeste
O lote é composto por 11 unidades, cuja principal é
a de Ribeirão Preto, além de Bauru-Arealva, Marília, Araraquara, São Carlos,
Sorocaba, Franca, Guaratinguetá, Avaré-Arandu, Registro e São Manuel.
No total, estão previstos R$ 266,5 milhões de
investimentos ao longo do contrato de concessão, sendo os valores distribuídos
para ampliação de capacidade, melhoria da operação e adequação à regulação.
Estão previstos para os primeiros quatro anos de operação investimentos de R$
75,5 milhões.
Licitação
Participaram da licitação empresas nacionais,
estrangeiras, consórcios, instituições financeiras e fundos de investimentos.
Além de apresentar a melhor proposta de outorga fixa, o vencedor teve de
comprovar qualificação técnica em gestão aeroportuária, seja da própria empresa
ou consórcio, ou de pessoas de sua equipe ou mesmo por meio de subcontratação
qualificada.
Esta é a segunda rodada de concessões de aeroportos regionais paulistas. A primeira teve os aeroportos de Bragança Paulista, Campinas, Itanhaém, Jundiaí e Ubatuba licitados em único lote em 2017.

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