Parte 2: Como participar de licitação: passo a passo de todo o processo
Qual é o processo para começar a trabalhar com licitações?
Veja
a seguir qual é o processo pelos quais passam a maioria dos processos
licitatórios para que você tenha uma noção do universo em que está entrando:
1. Lançamento do edital
Todo
processo licitatório começa com o lançamento de um edital. O edital é o
documento mais importante das licitações, pois ele contém todas as informações
necessárias para que os licitantes possam participar do processo.
As
principais informações disponíveis nos editais de licitação são:
Dia
e horário da licitação;
Endereço
e meio pelo qual será realizada a licitação;
Prazos
contratuais;
Penalidade
por atraso da obra ou prêmio por antecipação;
Critérios
de medição, pagamento e reajustamento;
Regime
de preços;
Limitação
de horários de trabalho;
Critérios
de participação na licitação;
Habilitação
técnica requerida;
Documentação
requerida;
Seguros
necessários;
Facilidades
disponibilizadas pelo contratante.
2. Documentos
Uma
vez lançado o edital, todos aqueles que cruzarem com o documento e que tiverem
interesse de participar do processo licitatório devem primeiro reunir todos os
documentos necessários e se cadastrar para participar da licitação.
Esses
documentos servem como um dispositivo de segurança a mais para que o poder
público possa se certificar de que somente empresas com todos os documentos em
ordem estão participando do processo.
Ou
seja, no fim das contas, é uma forma de garantir que somente vendedores
minimamente qualificados vendam para o governo, diminuindo a chance de fraude.
Como
vimos no tópico anterior, todos os documentos necessários para participar dos
processos licitatórios e os prazos para o cadastro e envio desses documentos
estão presentes nos editais das licitações.
3. Propostas
Uma
vez que todos aqueles interessados em vender para o governo se cadastram na
licitação, começa a fase de propostas.
As
fases podem variar bastante de acordo com a modalidade de licitação que o poder
público está utilizando.
Por
exemplo, pregões eletrônicos são feitos de forma totalmente anônima. Nem mesmo
aqueles que estão julgando os preços sabem quem está oferecendo os preços. A
identidade daquele que ofereceu o melhor preço só é revelada ao final do
processo.
Essa
metodologia “duplo cego” serve para que não haja nenhum tipo de preferência
dada a nenhuma dos licitantes que se candidataram para o processo.
Já
o Diálogo Competitivo, por outro lado, é uma modalidade de licitação mais
voltada para inovações tecnológicas e, portanto, permite que haja um diálogo
entre os licitantes e o poder público na fase de propostas.
Dessa
forma, a administração responsável pelo certame consegue identificar quais
soluções são mais adequadas para os problemas que o processo licitatório está
visando resolver.
4. Classificação
Depois
que todas as propostas foram enviadas e os prazos para o envio chegaram ao fim,
cabe ao poder público fazer uma avaliação e classificação das propostas.
Como
vimos, dependendo do tipo de licitação, critérios além do preço podem ser
levados em consideração. Entretanto, isso vale somente para o Diálogo
competitivo. A concorrência e o pregão eletrônico prezam pelo preço mais baixo.
Com
as análises feitas, o poder público então divulga os vencedores do processo
licitatório.
Se
algum dos licitantes achar que houve algum erro no processo, ele pode entrar
com um recurso pedindo a revisão da licitação.
Uma
terceira parte vai analisar se o recurso tem validade ou não e, caso seja
validado, então troca-se o vencedor do certame por aquele que realmente
ofereceu o melhor preço.
5. Contrato
Com
os vencedores divulgados e os processos de recurso vencidos, é hora de assinar
um contrato com o poder público.
Nos
contratos com o governo, normalmente é exigido que o licitante vencedor
apresente alguma forma de garantia, seja através de um valor caução depositado,
seguro garantia ou financiamento em instituição bancária autorizada a operar no
país.
Essa
fase serve para que o licitante prove que possui habilitação econômico-financeira
para vender para o governo.
Em
outras palavras, serve para que, se o licitante vencedor quebrar o contrato, o
governo não tenha de arcar com os prejuízos.
Uma
vez que você estiver de olho nas licitações mais vantajosas, é hora de começar
a prestar atenção no próximo passo: a leitura dos editais!
Leia
os editais com atenção
Ressaltar
esse ponto é sempre essencial: leia os editais!
Como
vimos nos tópicos anteriores, os editais são os documentos que contém as
informações mais importantes do processo licitatório.
Se
você realmente quer participar de uma licitação, então deve ler os editais,
pois só assim vai saber quais os prazos e quais os documentos necessários para
participar do processo.
Levante
todos os documentos necessários
Como
vimos, o edital expõe quais são os documentos necessários para participar dos
processos licitatórios.
Você
deve ficar bem atento a essa etapa do processo, pois se você não levantar todos
os documentos necessários dentro do prazo, pode perder a chance de participar
do certame.
Se
inscreva nos processos licitatórios
Envie
as propostas e não perca os prazos
Essa
é a parte mais importante para todo aquele que quer faturar vendendo para o
governo. Você não pode perder os prazos e deve enviar a melhor proposta possível.
Entretanto,
fique atento: você não deve enviar uma proposta que não poderá cumprir somente
para ganhar o processo licitatório. Não é assim que funciona.
Se
você o fizer e acabar ganhando o processo licitatório, ou terá de arcar com o
prejuízo de vender um produto por um preço menor do que o que pode praticar, ou
poderá enfrentar punições que estão revistas dentro das leis que versam sobre
as licitações no Brasil.
Ganhe
a licitação!
Uma
vez que você ganhar uma licitação, será necessário que você ainda cumpra um
pequeno passo a passo antes de concretizar a venda e entregar os produtos ou
serviços.
Em
primeiro lugar, é necessário que você comprove a habilitação
econômico-financeira da sua empresa. Para isso, você pode ser necessário que
você deposite um caução, faça um financiamento em um banco ou que pague por um
seguro garantia.
Na
hora da contratação do serviço, o poder público vai te dar essas 3 opções e
você vai poder escolher qual delas é mais adequada para o seu negócio.
Depois
que todo o processo de habilitação estiver terminado, então é hora de assinar o
contrato e começar a fornecer para o governo!
Conclusão
Saber
como participar de licitação não é algo exatamente de conhecimento geral. Na
verdade, grande parte das pessoas nem entende o que é um processo licitatório e
para que ele serve.
Como
vimos ao longo do texto, uma licitação não é uma simples “compra pública”, mas
sim um procedimento administrativo através do qual o poder público faz negócios
com a sociedade civil, de forma a garantir igualdade de oportunidades a todos
os interessados.
Por
isso, as licitações normalmente ocorrem em fases bem claras: o lançamento do
edital, a coleta de documentos, a apresentação das propostas, o julgamento e
classificação dos vencedores e, por fim, o contrato com o poder público.
Caso
a sua proposta seja a mais vantajosa para o governo, então com certeza o poder
público vai fechar negócio com a sua empresa.
Entretanto,
é sempre bom lembrar que oferecer um valor que você não pode praticar é uma má
ideia, já que, caso você não cumpra o contrato, sanções podem ser aplicadas.
Dúvidas e/ou Esclarecimentos:
E-mail: noalvolicitacao@gmail.com Cel.: (15) 99704-0542 - Gilberto
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